Histórico

Histórico

A Engenharia de Produção (EP) brasileira soube se consolidar como uma importante área de conhecimento no cenário do ensino e da pesquisa nacional. O Brasil conta atualmente com cerca de 570 cursos de graduação nas mais variadas especialidades e cerca de 45 cursos de mestrado e/ou doutorado espalhados por todo o país. Em nível de graduação e/ou pós-graduação, a Engenharia de Produção faz parte dos catálogos de cursos de praticamente todas as maiores e mais prestigiosas instituições brasileiras de ensino e pesquisa. A inserção dos cursos de Engenharia de Produção no cenário internacional é igualmente crescente e significativa. O aumento de publicações dos pesquisadores brasileiros em revistas internacionais de prestígio, aliado ao grande número de acordos internacionais de intercâmbio acadêmico nas esferas da graduação e da pós graduação, refletem este quadro. Estes números e fatos servem para atestar a vitalidade da pesquisa e a relevância dos objetos de estudo da Engenharia de Produção para a sociedade e a economia do Brasil.

No entanto, todo este crescimento vem acompanhado de novos desafios para a comunidade acadêmica brasileira ligada à Engenharia de Produção. Um destes desafios é ampliar os espaços especialmente dedicados à discussões acadêmicas entre pesquisadores da área. É indiscutível que a troca de ideias, com discussões acadêmicas de alto nível e envolvendo pesquisadores nacionais e internacionais, pode favorecer o desenvolvimento sustentado da Engenharia de Produção nacional. Para tanto, é fundamental que o país possa contar com um fórum científico que consiga atrair e congregar, de forma continua e consistente, pesquisadores seniores e juniores, estes últimos representados sobretudo por jovens doutores e estudantes de pós-graduação.

Outro desafio, mais diretamente relacionado com os Programas de Pós-Graduação em Engenharia de Produção (PPGEP´s), é a necessidade de estreitar relações com Instituições de apoio à pesquisa e formação de pessoas qualificadas. Áreas de conhecimento como administração, arquitetura e urbanismo, ciências contábeis, ciências sociais e economia, assim como tantas outras, já perceberam estas necessidades e criaram suas associações nacionais de cursos de pós-graduação. Uma associação nacional composta pelos PPGEPs teria uma importante função técnica, mas também política, de discutir as preocupações e anseios da comunidade científica brasileira ligada com a Engenharia de Produção e debatê-las com as instituições de fomento e de avaliação da pós-graduação brasileira. Seria, portanto, um canal de comunicação altamente qualificado entre os PPGEPs e instituições como CAPES, CNPq, FINEP etc.

Estas lacunas foram diagnosticadas por um grupo de PPGEPs. Este grupo de PPGEPs considera que a criação de uma Associação de Programas de Pós-graduação em Engenharia de Produção é uma oportunidade histórica para o surgimento e consolidação de um fórum de pesquisadores e professores que têm as atividades de pesquisa e de ensino de pós-graduação entre suas preocupações centrais. Por este motivo, os coordenadores dos PPGEPs da COPPE-UFRJ, POLI-USP, PUC-RIO, UFMG, UFPB, UFPE, UFRGS, UFSC e UFSCar reuniram-se em Florianópolis no dia 17 de maio de 2013 para a criação da Associação Nacional de Programas Pós-graduação e Pesquisa em Engenharia de Produção (ANPEPRO). Convém dizer que as discussões para a criação da ANPEPRO foram iniciadas em 2012 e culminaram com sua criação formal em maio de 2013.